O deputado
federal Simplício Araújo (Solidariedade/MA), acompanhado dos
deputados estaduais Rubens Pereira Jr. (PCdoB), Othelino Neto (PCdoB),
Bira do Pindaré (PSB) e Marcelo Tavares (PSB), foram impedidos de vistoriar
o prédio de propriedade do senador Edison Lobão Filho (PMDB), alugado para
o governo do Maranhão, para que ali funcionasse uma espaço para tratamento
de câncer. A tentativa de vistoria ocorreu nesta segunda-feira (14).
“Vamos
procurar os meios jurídicos para acionar a Secretaria de Saúde e a empresa
responsável pela obra que impediu a nossa vistoria a um imóvel que, por conta
do contrato, não é mais privado. Esse local, a partir do momento em que foi
celebrado o contrato com o governo estadual passou a ser público e nós, como
parlamentares, temos a prerrogativa de vistoriar obras que envolvam dinheiro
público. Lamento que esse prédio seja mais uma prova da insensibilidade de um
grupo político preocupado apenas com seus interesses” afirmou Simplício.
Simplício
afirmou que o simples fato de barrar a entrada dos parlamentares ao local
confirma as suspeitas de que se trata de um contrato ilegal. “Se não existisse
nada a esconder, se ali fosse realmente um local apropriado para tratar pessoas
com câncer, o governo estadual e o responsável pela obra jamais proibiriam
nossa entrada. Essa atitude reafirma que a ação que protocolei, impugnando a
candidatura do senador Lobão Filho, tem sim fundamentação. O governo estadual
paga R$ 30 mil mensais para um local que não tem as mínimas condições para
receber pacientes em tratamento oncológico”, disse.
Desperdício
de dinheiro: Desde
março de 2014, uma empresa de propriedade de Lobão Filho recebe R$ 30 mil por
mês do governo do Estado. A transferência seria para o aluguel de imóvel onde
funcionaria o atendimento a pacientes portadores de câncer. No local, porém,
não há qualquer indício de funcionamento ambulatorial.
O governo e
a empresa Difusora Incorporação e Construção celebraram um contrato com
validade de 12 meses para a locação do prédio.
Trata-se de
um condomínio residencial localizado na avenida São Luís Rei de França, na
entrada para o bairro Parque Vitória. O prédio pertence à Difusora
Incorporação, da qual Lobão Filho é proprietário, com 99,40% das ações.
São dois
problemas. Por lei, ele não poderia estar à frente da empresa seis meses antes
da assinatura do contrato. Além disso, o objetivo do contrato, o atendimento
aos pacientes com câncer, não está sendo cumprido.
O valor
global do contrato é de R$ 360 mil, parcelado em 12 meses. Destas, já foram
pagas 4 parcelas, totalizando o valor de R$ 120 mil, segundo o Portal da
Transparência do Governo do Estado. O contrato foi assinado pelo secretário de
Saúde, Ricardo Murad, cunhado de Roseana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário