O vereador Farys Miguel – filho do ex-deputado Edilson Peixoto, assassinado a tiros, no dia 25 de julho passado, no município de Dom Pedro – pediu nesta terça-feira (20) garantias de vida ao secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Mendes. Ainda abalado com a morte do pai, o vereador denunciou que está sendo ameaçado de morte por integrantes de um grupo de extermínio que atua na região dos Cocais.
Aos 33 anos de idade, no exercício do quarto mandato de vereador, Farys Miguel garante que está sob a mira de um grupo de extermínio que, segundo ele, age há mais de 20 anos no interior do Maranhão.
Ele confessa que está alarmado e lembra que seu pai, Edilson Peixoto, que foi vereador no município de Fortuna e Joselândia e deputado estadual na década de 90, foi assassinado às 7h30 da manhã do dia 25 de julho de 2013, com nove tiros de pistola 9mm. O crime aconteceu nas proximidades do Farol da Educação do município de Dom Pedro.
Cinco dias após o crime, a polícia efetuou a prisão do comerciante Valdete Gomes de Freitas – que está preso em São Luís -, apontado como o principal mandante do crime praticado contra o ex-deputado. A polícia descobriu também que Valdete Freitas, que trabalhava como vendedor de tomate em Dom Pedro, tramou o crime junto com o seu irmão Toinho Diogo, que está foragido e com prisão preventiva decretada pela Justiça.
A investigação da polícia, comandada pelo delegado regional Paulo Franco, desvendou a trama e a prática do crime. Os executores do assassinato do ex-deputado, segundo a polícia, foram os pistoleiros Vandim e Galego – este último, segundo levantamentos policiais, é autor de mais de 30 homicídios, e é tido como homem de confiança de Valdete e Toinho Diogo.
Da mesma forma que Toinho Diogo, os pistoleiros Galego e Vandim estão foragidos. De acordo com informações da polícia, Valdete Freitas e seu irmão Toinho Diogo são agenciadores de pistoleiros e são apontados como chefes de um grupo de extermínio. Este mesmo grupo já foi comandado por dois irmãos de Valdete e Toinho Diogo. Eram os agenciadores de pistoleiros Leudo Freitas, morto a tiros no município de Presidente Dutra, e Diogo Freitas, assassinado no município de Dom Pedro.
Segundo investigações da Polícia Civil, o grupo de Valdete e seu irmão Toinho Diogo assassinou, no dia 14 de julho passado, o motorista Vicente Neto, cuja esposa, Regivânia, conhecida como “Maninha”, presenciou o crime e denunciou o assassinato à polícia.
“Maninha” disse à polícia que presenciou a trama e o crime que, segundo ela, foi praticado por Valdete, Toinho Diogo e os pistoleiros Galego e Vandim.
“Foram estes mesmos homens os autores do crime praticado contra o meu pai”, afirma o vereador Farys Miguel. Ele conta que, no momento do crime, a esposa do ex-deputado, Clezione Lopes, estava no carro da vítima (um Celta de cor vinho) e presenciou toda a cena do crime.
Depois de terem assassinado Vicente Neto e o ex-deputado Edilson Peixoto, os membros do grupo do extermínio agora estão ameaçando de morte o vereador Farys Miguel, que está no exercício do quarto mandato e, abrigado no PCdoB, foi o vereador mais votado no município, nas eleições de 2012. Logo no primeiro mandato, Farys Miguel foi presidente da Câmara Municipal de Dom Pedro.
“Quero aproveitar para destacar o excelente trabalho realizado pelo delegado regional de Presidente Dutra, Dr. Paulo Franco, e sua equipe. Destaco ainda o importante papel do Ministério Público e da Justiça, em Dom Pedro. E quero também ressaltar o excelente trabalho do secretário de Segurança Aluísio Mendes, que conseguiu em tempo recorde desvendar o assassinato de meu pai e de diversos outros crimes praticados por este brando, lá na nossa região”, afirmou Farys Miguel.
Ele frisou ainda que confia no Poder Judiciário do Maranhão: “Acredito no Tribunal de Justiça do nosso Estado, formado por homens sérios e honrados, que haverão de julgar este caso de forma adequada, punindo de forma exemplar os verdadeiros culpados pela morte de meu pai, Valdete Freitas e seu irmão Toinho Diogo e os pistoleiros Vandim e Galego”, ressaltou o vereador.
Do jornal pequeno: por MANOEL SANTOS NETO
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