No último domingo (8), moradores do município de Magalhães de Almeida (MA) fizeram um protesto contra a construção de um presídio na cidade. O prédio, com capacidade para 300 detentos, faz parte de um projeto para sanar o déficit de vagas no sistema penitenciário do Maranhão. A população reclamou da falta de estrutura da cidade para a implantação do presídio.
Na avaliação do deputado Simplício Araújo (Solidariedade), o governo estadual deveria ouvir a população do município para depois resolver o que fazer, já que a região não tem estrutura para receber um presídio. "Me solidarizo com a população de Magalhães de Almeida. Era necessário realizar uma audiência para discutir com a população a questão da implantação desse presídio", disse o parlamentar.
De acordo com o advogado Lucas Costa, "o município não oferece estrutura para que seja construído um presídio." Ele informou ainda que "os detentos precisarão de acompanhamento médico, por exemplo, e a cidade não oferece isso nem para a própria população."
Diante da situação, Simplício demonstrou preocupação com o impasse que vive a cidade. Prestes a receber uma casa de detenções, a população foi às ruas exigir que o governo estadual desista da ideia e invista em educação e na saúde da população.
“Magalhães de Almeida, assim como diversas cidades do Maranhão, não tem estrutura capaz de suportar um presídio. Se acontecer uma rebelião, a cidade ficará à mercê dos bandidos. É uma situação que deve ser melhor discutida e não apenas impor aos moradores”, ponderou o deputado maranhense.
A população não tem os serviços de saúde necessários para que uma família tenha uma vida digna, lamentou o parlamentar. “O governo do estado deveria ouvir a população e dar prioridade à educação, saúde, segurança, áreas essenciais para o desenvolvimento de uma região”, defendeu Simplício, ao se solidarizar com os moradores do município.
O protesto contou com a presença de centenas pessoas que carregaram cartazes em repúdio à construção da penitenciária e usaram um carro de som. As manifestações foram organizadas pelas redes sociais.
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