O
Estado sofreu muito com as graves consequências do coronelismo. Com o
potencial que temos, vamos colocar o Maranhão no século 21
O
Maranhão atravessou todo o século 20 sofrendo as graves consequências
do patrimonialismo e do coronelismo, em uma proporção que nenhuma outra
unidade da nossa Federação jamais viveu.
O
resultado mais nítido desse ciclo é conhecido de todo o Brasil: os
piores indicadores sociais do país, produtos desse amálgama entre regime
oligárquico tardio e uma desastrada “modernização” baseada em enclaves
econômicos.
Desde 1º de janeiro,
nosso desafio é virar essa página, fazendo com que o Maranhão seja capaz
de gerar um ciclo de direitos que cheguem até a casa de todos. Para
isso, o passo inicial é afirmar um novo projeto de desenvolvimento,
baseado na alta qualidade das despesas públicas e na ampliação dos
investimentos privados.
Visando
garantir a concretização dessas metas, adotamos, no primeiro dia de
governo, medidas como a criação da Secretaria de Transparência e
Controle e do Conselho Empresarial do Maranhão (há que se frisar: sem a
criação de um único cargo público a mais).
A
Secretaria de Transparência e Controle funciona nos moldes da CGU
(Controladoria-Geral da União), com uma atuação preventiva –no que se
refere aos gastos do novo governo– e investigativa, no tocante aos
diversos e gravíssimos indícios de mau uso do dinheiro público no
Maranhão.
Apenas para citar o caso
mais recente, lembro as transações entre o doleiro Alberto Youssef e o
governo do Maranhão, envolvendo cifras superiores a R$ 100 milhões.
Já
o Conselho Empresarial do Maranhão reúne o governador e os secretários
com as principais entidades empresariais do Estado, com pautas voltadas à
remoção dos entraves para a ampliação da atividade econômica no nosso
território. Vinculadas ao conselho, criamos as câmaras setoriais das
principais cadeias produtivas aqui instaladas ou para as quais somos
vocacionados.
Temos a expectativa
também da retomada vigorosa de um importante projeto nacional hoje em
ritmo lento: o Centro de Lançamento de Alcântara, que queremos
transformar, com políticas complementares, em um polo de geração e
irradiação de tecnologia para o desenvolvimento do nosso Estado.
O
Maranhão tem vantagens competitivas únicas, tais como o complexo
portuário brasileiro mais próximo dos grandes mercados consumidores do
planeta, energia e água abundantes. Chegou a hora de usar esse
patrimônio a favor do povo maranhense.
Nesses
primeiros dias de governo, além de organizar o caos administrativo
reinante, uma causa tem mobilizado todos os nossos esforços: a educação.
Lançamos o programa “Escola Digna”, para eliminar as escolas de taipa e
palha no Maranhão, e vamos implantar uma rede estadual de educação
profissional em tempo integral, já começando neste ano de 2015.
Trilhando
esse e outros caminhos, com o enorme potencial que temos, tenho a
convicção de que –nos próximos anos– vamos finalmente colocar o Maranhão
no século 21. E com isso pretendemos contribuir para a recuperação da
grandeza da política.
A política que é
indignada com a injustiça. A política feita com honestidade, que não é
um fim em si mesma, mas um instrumento para melhorar a vida das pessoas.
A política sem preconceitos, quando é hora de escolher a política
pública mais eficiente. A política que respeita as divergências, mas
acredita na união em torno dos grandes desafios de um povo.
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