O PSB já
escolheu o deputado federal e líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque,
como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Marina Silva. A chapa
será oficializada em reunião da Executiva Nacional do partido em Brasília.
Marina, Beto Albuquerque e campos em encontro em Brasília |
Em nota, o
presidente da sigla, Roberto Amaral, afirma que Renata Campos, viúva do
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi consultada sobre a
possibilidade de ser a vice de Marina, mas declinou do convite porque além de
ter “compromissos familiares”, ela precisa dedicar seus primeiros esforços para
eleger Paulo Câmara ao governo de Pernambuco.
No
comunicado do partido, a eleição de Câmara é tratada como um sonho que Campos
“sempre sonhou”. Nesta terça, Amaral e Beto Albuquerque esteve reunido durante
todo o dia na capital pernambucana com dirigentes do PSB estadual.
O líder do
partido na Câmara disse que foi ao Recife atendendo ao chamado de Renata
Campos. A viúva de Campos reiterou no encontro que no momento prefere continuar
como militante na campanha - principalmente nos bastidores. Na noite desta
terça, ela e os cinco filhos participaram da missa de sétimo dia do marido, na
Igreja de Casa Forte.
Mensalão. Ex-líder do governo Lula na Câmara,
que chegou a negar a existência do mensalão, Luiz Roberto de Albuquerque, no
entanto, era um dos maiores críticos do governo Dilma no Legislativo, tendo
sido um dos primeiros a pressionar o então governador de Pernambuco e
presidente do PSB, Eduardo Campos, a romper com a petista.
Aos 51 anos,
o gaúcho de Passo Fundo é filiado ao PSB desde 1986 e está em seu quarto
mandato como deputado federal após duas passagens pela Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Sul. No início do governo Lula, em 2003, ocupou a
vice-liderança do governo na Câmara e, em um curto período em novembro 2010,
foi líder do governo Lula. Advogado por formação, ele é líder do PSB desde
fevereiro do ano passado.
Beto
Albuquerque concorria a uma cadeira de senador pelo Rio Grande do Sul numa
aliança estadual com o PMDB. Ele aparecia em terceiro lugar nas pesquisas de
intenção de voto, atrás do jornalista Lasier Martins, do PDT, e do
ex-governador Olívio Dutra, do PT. Sendo o escolhido para a vice, deixará a
vaga para outro nome da chapa. Um dos cotados para substituí-lo é o senador
Pedro Simon (PMDB), que havia desistido de concorrer nas eleições em
outubro.
Um dia após
a morte de Campos - em acidente aéreo na quarta-feira passada -, Beto
Albuquerque colocou seu nome à disposição para ser vice de Marina.
No sábado,
ele já era tratado pela cúpula do partido como favorito para a disputa. A
direção do PSB pretendia ouvir a viúva Renata Campos, cujo nome passou a ser
ventilado por uma pequena ala da legenda.
“Não tenho
dificuldades em cumprir tarefas para defender o legado de Eduardo”, declarou,
já o gaúcho na quinta-feira passada, 14. Para a cúpula do PSB, Beto Albuquerque
era o único a cumprir os requisitos previstos para ocupar o posto: é um
militante orgânico do PSB, filiado ao partido desde 1986, teve uma forte
ligação com Campos, tem diálogo fácil, é respeitado por Marina e teria a
capacidade de, sempre que for preciso, fazer com que a ex-ministra lembre-se de
que é do PSB e não da Rede Sustentabilidade durante a campanha para a
Presidência.
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